WHITE FU

O QUE ME PREOCUPA NÃO É O GRITO DOS MAUS. É O SILÊNCIO DOS BONS.

12 de fevereiro de 2008

Estarei no meio deles...

O DPJG (departamento pastoral jovenil da Guarda), reconhecendo que os grupos de jovens são um dos melhores instrumentos de evangelização juvenil, solicitou aos grupos existentes na Diocese que respondessem a um inquérito com o objectivo de fazer um diagnóstico sobre o estado actual dos mesmos, o seu funcionamento e as suas principais necessidades.A participação foi reduzida. Dos mais de quarenta grupos inscritos no DPJG apenas doze responderam ao inquérito. No entanto, apesar da participação reduzida, os resultados não deixam de ser elucidativos pois representam cerca de 196 jovens da Diocese, dos 15 aos 30 anos, e são uma base de estudo acerca das actividades e motivações dos grupos de jovens, deixando transparecer algum descontentamento com a sua actual situação (cerca de 65% dos inquiridos avaliam o estado do grupo como “Razoável”).Sabendo da dificuldade que os grupos têm para subsistir sem um animador, o DPJG constatou que, um terço dos grupos inquiridos não tem animador. Mas o mais preocupante é que a presença de um animador num grupo foi igualmente considerada como uma das necessidades menos importantes para os jovens da diocese, embora este resultado possa ter a ver um pouco com a qualidade dos que existem.A vontade dos jovens e dos párocos é essencial para a criação de um grupo de jovens. Segundo as respostas dadas, a adesão de jovens é a maior necessidade actualmente. Por outro lado, o apoio do pároco é considerado importante para a criação do grupo, mas não tão importante depois da sua criação, pois foi apontada como uma das últimas necessidades sentidas pelos grupos de jovens, possivelmente devido à boa organização dos grupos e dos seus animadores que conseguem existir por si, sem um apoio mais permanente do seu pároco.A grande maioria dos grupos reúne-se semanalmente para rezar, programar actividades, reflectir temas propostos e para o convívio entre os elementos do grupo. O convívio foi, aliás, apontado como uma das actividades mais importantes e, por isso, uma das que mais organizam e em que participam. Este resultado devia levar-nos a reflectir sobre os verdadeiros motivos pelos quais se formam os grupos de jovens cristãos. Apesar de rezarem, animarem as eucaristias, reflectirem temas ocasionais, os grupos não se dedicam a fazer uma caminhada de fé sistemática.Paradoxalmente ou não, no inquérito, as maiores necessidades, além da adesão dos jovens, passam por formação, itinerários de fé, fé no seio do grupo, material de apoio. Isto delata a situação concreta dos grupos que se debatem entre a realidade e o desejo de crescer na fé. Isto ainda aumenta a responsabilidade aos pastores e agentes pastorais.Um aspecto muito positivo que sobressaiu deste inquérito foi a satisfação manifestada pelas actividades promovidas pelo DPJG e a boa comunicação entre este e os grupos, uma vez que 100% dos inquiridos que responderam recebem informações deste Departamento, através de cartas que lhes são enviadas. Por outro lado, apenas um terço dos grupos recebem informações através dos seus párocos, o que pode revelar algum alheamento da parte destes face ao trabalho com os jovens da sua paróquia.Como conclusão, o diagnóstico levantado deixa perceber que há necessidade de reflectir sobre o papel e missão dos grupos de jovens na actualidade, e sobre a forma como os grupos da Diocese estão a conseguir, ou não, desempenhar a sua missão da melhor maneira. É preciso encontrar caminhos para o crescimento da Fé e tornar os grupos de jovens um espaço para esse crescimento, para além do convívio e da concretização de actividades. Fica o desafio para a reflexão e discussão a todos os grupos.
O DPJG
"Apesar de rezarem, animarem as eucaristias, reflectirem temas ocasionais, os grupos não se dedicam a fazer uma caminhada de fé sistemática"
"A vontade dos jovens e dos párocos é essencial para a criação de um grupo de jovens."

http://dpjg.blogspot.com/2008/02/muitos-grupos-de-jovens-cristos-s-rene.html

10 de setembro de 2007

Regresso ao Mundo

Ainda te lembras da vida sem televisão?
Ainda te lembras de não haver computadores?
Ou és da geração que já nasceu com o portátil colado ao berço e o telemóvel
ao ouvido?!

Hoje quero partilhar uma série de coincidências fenomenais. Simples mas...
vocês percebem....

Como já vem sendo costume de uns anos a esta parte, este ano voltei a fazer voluntariado na colónia balnear da cáritas diocesana de leiria.
Pensando, e bem, que poderia dar jeito o meu portátil, acabei por o levar com o meu apetrecho para a internet. Pois bem: não há rede de internet na casa amarela do pedrogão. PRIMEIRO CORTE.
Televisão?! Ui! O que é isso... Será que havia sinal de tv lá para aqueles lados? Só sei que nem tempo tive para comprovar tal facto. Quem seria suficientemente estúpido ao ponto de preferir ver sorrisos artificiais e beijos que não se sentem de cenas cortadas e recortadas das telelixonelas ao olhar irresistível de 70 crianças?! E quando falo de não ver televisão não me refiro só à ficção. Os serviços noticiosos passaram-nos ao lado. Houve sismos e incêndios, mortes e desaparecimentos, raptos e golos, e nós preocupados em «descobrir mais uma ilha e ganhar artefactos e "pupitas"».
SEGUNDO CORTE
E depois desaparece o telemóvel. Cinco dias sem acesso ao dito. Sem saber do
seu paradeiro, sem ter os contactos noutro local para poder telefonar doutro
telefone. TERCEIRO CORTE
Enfim... Isolamento parcial. Diria antes, isolamento tecnológico. E sabem a
melhor?! Foram os melhores 15 dias do meu ano!

Não é preciso fazer voluntariado, não é preciso nada de extraordinário. Experimentem LARGAR. Um dia. Depois dois. Três já dá para perceber o que eu digo. Não tem que ser radical. Basta um pequenino corte com o chamado «Mundo Real», e voltaremos a ser NÓS (mesmo que só por momentos)!

Obrigada por leres :D

15 de abril de 2007

EM CONSTRUÇÃO

ESTAMOS A MELHORAR ESTE BLOG PARA SI.
VISITE-NOS NOVAMENTE MAIS TARDE.

21 de março de 2007

O PROF. NÃO VEM?!

Não lhe contei pela razão mais infantil de todas. É como uma turma que está à porta da sala e o professor ainda não chegou. Está quase a tocar para feriado e todos esperam ansiosamente não ter aula. Mas ninguém ousa dizer a palavra FERIADO ou a perguntar se O PROF. NÃO VEM?! com receio que nesse mesmo momento ele apareça. Há uma certa crença de que isso aconteça. Basta uma só palavra… Isto para dizer que, há uma superstição que nos faz temer dizer o que se pensa, o que de mais intimo se deseja, pelo receio de que essa coisa não aconteça por o termos pronunciado em alta voz. Há muito que não reflectia sobre isto, mas assim de repente, acho que é uma superstição que só está associada de modo mais vincado a desejos positivos. Porque, pelo contrário, os pensamentos de conotação negativa (por exemplo, Ainda vou tropeçar em alguma coisa hoje! ou Vou levar sermão da minha mãe…) acabam por ser verbalizados. Estes são logo seguidos de «expressões de salvação», do género Livre-nos Deus, Cruzes Credo ou Isso nem se devia pensar. Na minha modesta opinião, acho que esta evidência se prende com o facto do Homem possuir uma maldade intrínseca (do mesmo modo que toda a gente vibra com as desgraças como o atentado às Torres Gémeas, mas que poucos o confessam). Este ao exprimir esses seus “receios” acaba por chamar a atenção do interlocutor provocando-lhe sentimentos de pena, piedade, preocupação…

Estava só a analisar os casos em que os pensamentos são expressos a uma segunda pessoa. Mas este caso dos pensamentos negativos / receios fez-me pensar porque os dizemos às vezes em voz alta de nós para nós mesmos. A única conclusão a que cheguei remete-me para a expressão de um outro sentimento: a culpa (e a desculpa). A partir do momento em que pronunciamos esses receios é como se assinalássemos solenemente a sua existência. E assim que eles se concretizam podemos ser vítimas de um dos dois sentimentos (ou de ambos). Um exemplo:

Após uma grande festa, deito-me tarde e no dia seguinte tenho aulas logo pela manhã. Ao deitar-me pronuncio: Amanhã ainda vou adormecer. E na manhã seguinte acabo por não acordar a tempo da aula. O que sinto?

- Culpa por ter adormecido, quando na noite anterior tenha concluído que não deveria adormecer

- Desculpa porque na noite anterior já tinha colocado como hipótese provável adormecer

Acho que, se este tipo de receios for somente pensado e não chegar a ser verbalizado, nós, na maioria das vezes, após a sua concretização, não assumimos como tendo colocado verdadeiramente essa hipótese. Claro que isto só se aplica aos casos em que não efectuamos uma reflexão aprofundada sobre o assunto, acabando mesmo assim por abranger grande parte das preocupações quotidianas.

E isto tudo para explicar porque não lhe contei a noticia. Porque no fundo quero acreditar que há uma hipótese mesmo que muito ligeira de ela se tornar realidade. E é por ser uma hipótese tão reduzida que até tenho receio de a escrever aqui e até de simplesmente a pensar, quanto mais de a contar a outra pessoa. Penso até que o problema não é contar só por contar, a questão é que com a argumentação para trás e para a frente, o assunto acaba por se desgastar – acaba por ser como pronunciar FERIADO em cima do 2º toque.

Porquê arriscar? Está quase a tocar… mais vale esperar…

5 de dezembro de 2006

"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons."

Este é o quarto Fu.
Porquê mais um Fu?
Porque anda há muitas lacunas para preencher. Este talvez seja o blog que mais gozo me dê construir.
O White Fu tem a finalidade não só de expor o trabalho de outras gentes da lide dos blogs, mas também de dar espaço a alguns assuntos controversos.
Este blog pode ser tudo, mas também pode dar em nada.
É branco como a pureza, como a liberdade, como a expressão. É um grito.